No próximo sábado, dia 10 de maio, o Partido da Causa Operária convoca todos para a realização de um grande ato em São Paulo, em razão dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre os nazistas. O ato nacional é um chamado feito em conjunto com a Internacional Antifascista, uma importante iniciativa de articulação com partidos e organizações do mundo inteiro para reunir aqueles dispostos a lutar contra o imperialismo nos dias de hoje.
A celebração da vitória da URSS sobre o exército alemão na Segunda Guerra Mundial, ocorreu em 9 de maio de 1945, com a tomada de Berlim pelo Exército Vermelho. Esse momento histórico, um dos mais importantes do século XX, só foi possível graças ao sacrifício de milhões de pessoas que lutaram até a queda das forças do Terceiro Reich, liderado por Adolf Hitler.
A manifestação do dia 10 será, além de uma homenagem à derrota do nazismo, uma atividade voltada à organização e mobilização dos trabalhadores pela derrota da burguesia imperialista, cuja política fascista representa uma de suas facções. Vale sempre lembrar que o fascismo de Mussolini, na Itália, e de Hitler, na Alemanha, só chegou ao poder graças à política “democrática” — à época chamada de liberalismo — praticada por esses países. Os partidos liberais daquele período, ou seja, a burguesia imperialista, foram os responsáveis por colocar e sustentar tanto Hitler quanto Mussolini no poder.
Nesse sentido, é preciso destacar que, hoje, a política fascista dos países imperialistas se apresenta sob a máscara da “democracia”.
O imperialismo mundial adicionou um novo elo à sua cadeia de crimes contra os povos oprimidos. Os meios de comunicação, nacionais e internacionais, apresentam a agressão imperialista na Palestina como um episódio isolado, desconectado de qualquer antecedente histórico — numa clara tentativa de ocultar a verdadeira raiz desse conflito: a opressão política e a exploração econômica da região do Oriente Médio. São incontáveis os massacres promovidos pelos Estados Unidos, Inglaterra e França, os “democráticos”, contra os povos árabes. A cobertura da guerra em Gaza feita pela imprensa venal do imperialismo não passa de um gigantesco aparelho de desinformação e intoxicação ideológica.
A prova dessa manipulação está nas notícias sobre o lançamento de um míssil do Iêmen contra o Aeroporto Ben Gurion, nesse domingo (4), no território de “Israel” — ação que resultou em poucos feridos — enquanto a aviação “israelense” sobrevoa impunemente os céus da Faixa de Gaza, despejando toneladas de bombas numa verdadeira operação de aniquilamento do povo palestino.
No Brasil, as manifestações contra a guerra, de forma geral, são extremamente fracas neste momento — ainda mais as de caráter anti-imperialista. O PT, a CUT, as maiores organizações da esquerda brasileira, e os sindicatos adotaram uma postura de omissão diante dessa questão, baseando-se numa orientação de neutralidade. A luta do povo palestino, no entanto, deve servir como ponto de partida para uma ampla mobilização anti-imperialista, especialmente entre a classe operária.
O ato do dia 10, em referência ao Dia da Vitória Soviética, deve ser não apenas uma celebração da derrota do fascismo, mas também uma manifestação pela necessidade de derrotar o imperialismo por meio da ação dos trabalhadores de todo o mundo — especialmente da classe operária dos países imperialistas.
Portanto, convocamos todos a fortalecer o ato e as caravanas para ato do dia 10 de maio, em São Paulo, que será realizado a partir das 10h, no auditório da Academia Paulista de Letras.